quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Câmara de Vereadores de Piracicaba aprova o Dia Municipal do Fanzine em homenagem a Edson Rontani



Piracicaba terá o Dia Municipal do Fanzine, em homenagem ao artista plástico, caricaturista e chargista piracicabano Edson Rontani (foto).
Criador do personagem Nhô Quim, mascote do Esporte Clube XV de Novembro, o artista foi o pioneiro da introdução dessa revista artesanal no Brasil.
O projeto de decreto legislativo foi aprovado na última terça-feira (03/02), na primeira reunião ordinária deste ano da Câmara de Vereadores de Piracicaba, que teve início às 19h30, no Plenário Francisco Antônio Coelho.
A data será comemorada no dia 12 de outubro e é de autoria do vereador Pedro Cruz (PSDB).
Segundo o jornalista Edson Rontani Júnior, filho de Rontani, a oficialização desta data é muito importante para a propagação do trabalho de seu pai com o fanzine no Brasil, que completou 50 anos, desde a sua primeira publicação em 12 de outubro de 1965.
“No ano passado comecei a movimentar o reconhecimento do fanzine brasileiro, procurei a Semac (Secretaria Municipal da Ação Cultural), o Salão Internacional de Humor e fiz contatos sobre a importância desse assunto. Assim consegui também o apoio do vereador Cruz”, afirmou.
O fanzine — uma publicação artesanal para troca de informações — surgiu nos EUA nos anos 1930.
No Brasil, Rontani resolveu fundar o Intercâmbio Ciência-Ficção Alex Raymond e editar um boletim para abordar quadrinhos e reunir os amantes dessa arte em 1965.
O boletim saiu em 12 de outubro e foi batizado com o nome de Ficção.
Rontani Júnior ficou surpreso com a aprovação do projeto. “Esse trabalho dele não era muito conhecido em Piracicaba, e agora, com esta data oficializada, esperamos criar uma semana do fanzine na cidade e mostrar essa arte e a história dela nas escolas e espaços culturais”, disse.
Segundo ele, Rontani era mais conhecido pelo personagem Nhô Quim e a seção de curiosidades ilustradas Você Sabia?, publicada pelo Jornal de Piracicaba.
“Porém, fora da cidade, ele fez muitas amizades com grandes cartunistas que eram fãs do seu trabalho com fanzine. Ele tinha diferentes produtos em cada local e região. Ele procurava um meio de difusão da cultura das histórias em quadrinhos no Brasil, e só muito depois veio a saber dos fanzines norte-americanos e europeus”, afirmou o jornalista.

http://www.jornaldepiracicaba.com.br/capa/default.asp?p=viewnot&cat=viewnot&idnot=225247

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