A pintura com pastel é uma técnica desconhecida de muitos. Foi largamente difundida ao longo dos últimos séculos. Alguns grandes artistas do passado usaram no desenho certos tipos de giz, principalmente branco, a par da sanguínea, sépia e pedra negra. Era um material duro, constituído por pigmento em pó misturado com óleo ou cera. Hoje em dia, é pouco usual e é feito a partir de talco mineral.
Existem atualmente materiais com características semelhantes, como o pastel seco. Este é constituído por pigmentos em pó, aglutinados numa mistura de resina ou cola e moldados em forma em forma de barra. Quanto mais cola tiver a mistura, mais duros e menos brilhantes se tornam os pastéis.
Os pastéis têm uma paleta belíssima de tons suaves, muito atraente. As tonalidades pálidas de algumas cores especialmente as cores de carne devem-se à argila ou "branco de Espanha" que se mistura para os tornar mais opacos. Normalmente são caros devido à sua qualidade e à delicadeza da matéria prima.Na França a partir do final do século XVIII, este material entrou na moda, tendo sido empregue por centenas de artistas. Anteriormente Rosalba Carriera (1674-1757) usou-os com grande sabedoria e arte. Quentin de la Tour (1704-1788), também usou profusamente os pastéis registando todo o fausto e esplendor do período Rococó. Degas e Monet exploraram toda a suavidade e riqueza dos pastéis secos em obras notáveis.
A obra acima integra a mostra "Alma Piracicaba". Datada de 1971 teve orientação do mestre piracicabano Hugo Benedetti. O trabalho de Edson Rontani só foi conservado por estar colocado em uma moldura protegida por um vidro. É uma obra que merece muito cuidado, pois qualquer contato pode borrar o desenho, mesmo após seus 40 anos de produção.
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